Atletas, como goleiros, jogadores de vôlei e tenistas, têm maiores probabilidades de apresentar lesões no ombro, em função dos exercícios e atividades que realizam – muitas vezes com hipersolicitações articulares, excesso de amplitude de movimento, entorses e mesmo quedas em solo duro. De acordo com o ortopedista Marcelo G. Cavalheiro (CRM-SP 87147), membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ), Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ) e International Society of Arthroscopy, Knee Surgery & Orthopaedic Sports Medicine (ISAKOS), pode ser indicada a realização de uma artroscopia, procedimento cirúrgico adotado quando a pessoa não apresentou melhora após o tratamento convencional. “Essa dor limita a função do ombro, resultando em perda de força e na limitação de movimentos, que prejudica o rendimento dos membros superiores. Especialmente nos casos de atletas de alta performance, uma pequena perda funcional resulta em uma queda de resultado significativa”, comenta o especialista.
A artroscopia do ombro é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva. Através de pequenas incisões no ombro, são introduzidos uma ótica de 4 mm de diâmetro e pequenos instrumentos cirúrgicos para abordar as diversas estruturas da articulação. Desta forma, é possível tratar lesões de cartilagem, ligamentos, tendões, labrum (espécie de moldura que reveste as bordas da cavidade glenoidal, estabilizando o ombro), etc. Toda a cirurgia é acompanhada por um monitor, pelo qual as estruturas lesadas são identificadas e abordadas. “Por se tratar de uma técnica pouco agressiva e pouco invasiva, a alta hospitalar é precoce, inicia-se a fisioterapia pós-operatória imediatamente, a recuperação é mais fácil e mais rápida, e as complicações e riscos são menores”, finaliza Marcelo Cavalheiro.
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