No dia 13 de março, a Fundação Dorina Nowill para Cegos e os Correios lançam dois selos em homenagem a Dorina de Gouvêa Nowill e a instituição criada por ela. Os selos marcam os 66 anos de trabalho da instituição em prol da inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio da reabilitação, e do acesso à educação e à cultura.
Falecida em 2010, a homenageada Dorina Nowill, cega aos 17 anos enxergava o mundo com os olhos da alma. Percebendo, naquela época, a carência de livros em braille no Brasil, criou em 1946, com a participação de outras normalistas, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que mais tarde recebeu seu nome em reconhecimento por uma vida inteira dedicada à inclusão dos deficientes visuais.
Dorina recebeu diversos prêmios e medalhas nacionais e internacionais ao longo de seus mais de 63 anos de trabalho à frente da instituição. Pioneira, em 1943 foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular, na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo, e em 1979 a primeira mulher presidente do Conselho Mundial para o Bem estar de Cegos, atual União Mundial de Cegos.
Seguindo o pioneirismo de sua idealizadora, a Fundação Dorina é hoje uma instituição reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus livros em braille, falados e digitais acessíveis a pessoas com deficiência visual, que são fornecidos para mais de 5.000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil, bem como pelos serviços de reabilitação para pessoas cegas e com baixa visão. Oferece, também, programas de clínica de visão subnormal, educação especial e empregabilidade.
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