22 de jan. de 2012

Pinacoteca do Estado de São Paulo convida para a exposição: Carlos Bunga



Carlos Bunga - Mausoléu


A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta exposição Mausoléo de Carlos Bunga (Porto, Portugal, 1965). Para o Projeto Octógono, Bunga selecionou um conjunto de esculturas do acervo do museu, que serão colocadas no centro do espaço, onde será construída uma edificação de papelão, fita adesiva e tinta, criando um novo ambiente dentro o espaço, uma espécie de torre-mausoléu, envolvendo as obras e que poderão ser vistas por meio de fendas e aberturas nas suas paredes. Segundo Ivo Mesquita, curador da mostra, “os trabalhos de Carlos Bunga são marcados pelo seu caráter efêmero e mutável, pois estão sujeitos a intervenções e performances do artista, no sentido de causa o seu desmoronamento como resultado final do trabalho. Estas situações remetem de imediato à memória de casas destruídas e paredes demolidas, mas podem, no interior do museu, também serem percebidas como uma extrapolação do campo da pintura. O diálogo existente entre a arquitetura e o espaço onde as obras do artista são construídas permite ao observador a apreensão dos processos de mutação contínua da arquitetura e do espaço urbano, assim como questões específicas da arte e de suas instituições.” Entretanto, deve ser observado que os projetos de instalações e intervenções de Carlos Bunga não seguem nenhum projeto concebido ou desenhado anteriormente. Ao contrário, eles nascem do embate direto do artista com o espaço que hospedará o trabalho. No caso do projeto para a Pinacoteca, para além da relação direta com a arquitetura do museu, ele também trabalha com a própria noção de museu enquanto instituição cutural.

A obra de Carlos Bunga aborda questões da precariedade, fragilidade e arquitetura degradada das cidades. Seu processo criativo começa a partir de uma pesquisa sobre as características históricas, e culturais do espaço. Depois, Bunga inicia a construção de planos e volumes pranchas de papelão e fita adesiva. O artista vai tomando as decisões intuitivamente, numa relação física com o espaço e com a própria instalação à medida que esta vai ganhando forma. Quando a estrutura está concluída, as suas superfícies exteriores são uniformizadas pela pintura a branco; as superfícies interiores postas sobre as paredes do espaço expositivo, em contrapartida, são pintadas de diversas cores e abrigarão cinco obras do acervo da Pinacoteca. “Esta instalação propõe uma reflexão sobre a arquitetura e a evolução da cidade. O meu processo de trabalho tem bastante espaço para a intuição e improvisação, e o espaço Octógono permite que eu explore bastante todas essas questões. Trabalhar aqui significa ter a possibilidade de intervir/relacionar-se com o lugar e também com a riqueza de poder aprender”, afirma Carlos Bunga.

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