Em 21 de janeiro o artista Stephan Doitschinoff, apresentará três múltiplos criados a partir de técnica mista em serigrafia e pintados à mão
Sobre a gravura “Contra Tudo”, exposta no Acervo da Choque a partir de 21 de janeiro, Stephan Doitschinoff comenta: “As religiões, em geral, tem mantido códigos de conduta em relação ao modo como as pessoas devem controlar ou esconder seus cabelos com diversos tipos regras e leis, véus e chapeus. Os pelos e cabelos são vistos como símbolos do controle do homem sobre a natureza e as emoções. Vejo os cabelos soltos, enrolados, selvagens e emaranhados,como o vento e a água fluindo”.
A grande cruz de madeira criada pelo artista promete despertar a atenção sobre a necessidade de se fazer o que deve ser feito rapidamente. Para Stephan Doitschinoff, a obra “A Cruz” (Hodie/ Retisimo), simboliza a ideia de fazer hoje o que realmente importa e não deixar para amanhã. “Na figura de Santo Expedito, está presente a inscrição ‘Cras’ e ‘Hodie’, ‘amanhã’ e ‘hoje’ em latim. O ‘Retisimo’ traz uma reflexão sobre frustração e aceitação, além de também simbolizar a pressão evidente no ser humano em ser justo, correto, caridoso e bem sucedido”, explica.
Stephan Doitschinoff, que é autodidata, conta com diversas influências vindas da convivência com os mais diversos tipos de crenças e rituais religiosos. Em 2011, o artista integrou a mostra De Dentro para Fora/ De Fora para Dentro no Museu de Arte de São Paulo, apresentando uma retrospectiva de suas pinturas e desenhos, fotografias documentais do trabalho realizado na Bahia. Em 2009, Doitschinoff conquistou o título de Artista Revelação, pela APCA- Associação Paulista de Críticos de Arte. O artista acaba de voltar de uma temporada em Nova York com a exposição individual Doitschinoff Novo Asceticismo.
Stephan Doitschinoff
Stephan Doitschinoff, conhecido como Calma, nasceu em São Paulo, em 1977. Artista autodidata, Doitschinoff teve contato muito cedo com diversos tipos de crenças. Por conta da influência de seu pai, pastor evangélico, além de seus avós e bisavós, espíritas, o artista viveu imerso à espiritualidade e, nesse sentido, soma vivências envolvendo a fé em seu cotidiano, além de outras como a cultura do skate e os movimentos punk e hardcore de São Paulo.
Mundos que podem se mostrar tão distantes, em seu percurso se conectam. O envolvimento com o hardcore, por exemplo, o levou a se tornar vegan e, em seguida, macrobiótico. Passou também a estudar o zen budismo e o taoísmo e, devido ao profundo interesse pela influência da religiosidade sobre a mente humana, aprofundou seus estudos em leituras de psicologia junguiana e mitologia, ampliando assim sua pesquisa estética e filosófica.
A partir de 2002, Stephan passa a interagir e intervir na cidade por meio da pintura e da aplicação de pôsteres, adesivos e estênceis. Trabalhando também com ilustração, sua produção diferenciada lhe rende, em 2006, o prêmio Jabuti de Ilustração, pelo livro “Palavra Cigana” (Cosac Naify). Após residência artística na Inglaterra, retorna ao Brasil e parte para o desenvolvimento de seu mais audacioso projeto artístico: Lençóis (BA). Imerso na realidade dessa cidade onde morou por três anos, e tendo como fonte de referência e inspiração as crenças e histórias de seus moradores, Stephan realizou intervenções na cidade e seus arredores.
Essa grande instalação urbana, que envolveu toda a população da cidade, é um trabalho de fôlego que desenvolve importantes questões sobre as dimensões político-sociais da arte pública. A experiência foi documentada no filme Temporal, produzido pela Movie&Art, e em sua monografia Calma. The Art of Stephan Doitschinof, publicada pela editora alemã Gestalten.
Integrando a mostra De Dentro para Fora/ De Fora para Dentro no Museu de Arte de São Paulo, Stephan apresentou uma retrospectiva de suas pinturas e desenhos, fotografias documentais do trabalho realizado na Bahia. As produções expostas, realizadas em diferentes técnicas e suportes, distribuídas em quatro ambientes, levaram o artista a receber o título de Artista Revelação de 2009, pela APCA- Associação Paulista de Críticos de Arte. No mesmo ano, recebeu o prêmio Interações Estéticas: Residências Artísticas em Pontos de Cultura. A premiação, realizada por um edital da Fundação Nacional das Artes e do Ministério da Cultura, contemplou seu projeto autoral, nomeado A Mão, escultura instalada nos arredores do Ponto de Cultura Museu Afro Brasil.
Stephan já mostrou sua arte no Museu de Arte Contemporânea de San Diego, Jonathan Levine (coletiva), Stolen Space, Fondacion Cartier, entre outras.
Outras informações: www.stephandoit.com.br.
Contra Tudo
Sobre a Choque Cultural
A Choque Cultural é um projeto contemporâneo de arte, sediado em São Paulo, desde 2003 e mantido pelos e curadores Baixo Ribeiro, Eduardo Saretta e Mariana Martins. O principal objetivo da Choque Cultural é recepcionar a grande população jovem que está, a cada dia, mais interessada em arte. “O principal compromisso da galeria é com a energia, a emoção, o espírito, fundamentos capazes de transformar a arte numa coisa legal, pop e real”, define Baixo Ribeiro.
Lançamento de gravuras do artista Stephan Doitschinoff @ Acervo da Choque
Data: Sábado, 21 de janeiro, das 13h às 18h
Endereço: Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena
Telefone: ou 2678-6600
Terça-feira a sábado, das 13h às 20h
Grátis/ Livre
Portal Podcultura
Pauta
Carla Manga
Estágio em Pautas
Carol Queiroz
Editor Chefe
Sandra Camillo
http://www.podcultura.com.br/
@podcultura
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