Carlos Mamberti: "MinC atira no próprio pé"
Acadêmicos discutem expressões regionais
Governo do Estado e parceiros elaboram Cadastro Estadual de Cultura
Diadema sedia fórum Pontos de Cultura
Oficinas vão capacitar projetos ao Fundo Municipal de Cultura
Banco Capital lança edital para Projeto de Arte e Cultura
Inscrições para Projeto Tomaladacá
Encontros setoriais Funceb
Pesquisas relativizam comportamento de consumidores
Mercado de TV digital dos EUA traz lições para o Brasil.
15/04/2008
Carlos Mamberti: "MinC atira no próprio pé"
Cultura e Mercado - Carlos Minuano
Cultura e Mercado – O artigo assinado pelo secretário-executivo do MinC, Juca Ferreira e o presidente da Funarte, Celso Frateschi, no jornal Folha de S. Paulo,causou bastante alvoroço no setor cultural, qual sua opinião sobre as opiniões emitidas nele?
Carlos Mamberti – Aquela matéria é um tiro no próprio pé do MinC. Hoje, o principal mecanismo de incentivo à cultura do Brasil está operacionalmente inviabilizado. Eles estão perdidos lá dentro, não estão capacitados para análise de projetos, não entendem de teatro, de cinema. Cortes absurdos e pedidos incríveis são constantes, como pedir carta de anuência ao Machado de Assis, no centenário dele. O artigo reflete a confusão do ministério.
CeM – Segundo o artigo, as tais distorções na Lei Rouanet prejudicam o orçamento público para o setor cultural, você concorda com essa afirmação?
CM – As distorções da lei precisam ser corrigidas, mas não é por que ‘ela’ está doente que será preciso matá-la. Do jeito que eles falam parece que querem acabar com a lei. Tenho certeza que não é isso porque o nosso maior concorrente é o próprio estado. Refiro-me também a municípios e ao ministério, que utilizam muito a lei. Aliás, a maior distorção é essa: concorrer com o estado. É hora de uma revisão ampla, mas junto com a sociedade, que afinal é quem produz cultura, pra que possamos consertar essas falhas. Apontar erros é fácil, difícil é reunir a todos para juntos resolver a questão. Queremos participar do processo. A sociedade precisa ser ouvida.
CeM – Que caminhos você enxerga no horizonte da atual gestão?
CM – Pro Ministério da Cultura conseguir encerrar bem a gestão do governo Lula, e pra que a Lei Rouanet continue a ser o principal mecanismo de financiamento, com maior acesso, vai precisar corrigir um bocado de equívocos. Temos interesse em ajudar. No Congresso a classe teatral tem conseguido dialogar e o resultado já está a caminho: uma lei específica para o teatro, como existe a do cinema, e uma secretaria dentro do ministério.
CeM – Você acredita então em uma breve mudança de cenário?
CM - Contamos com um grande apoio suprapartidário no Senado, uma acolhida diferente do relacionamento atual com o MinC. Mas vejo um lado positivo nessa discussão toda, acredito que teremos êxito nesse diálogo, afinal estamos discutindo o melhor pro teatro e pra cultura brasileira.
CeM – Que avanços você espera?
CM – O setor está à mercê de situações como essa que contei, pedido de anuência para alguém que já morreu. Com uma secretaria que cuide especificamente da produção teatral poderemos tratar de demandas urgentes, entre elas o desenvolvimento de novos tipos de financiamento. Temos atualmente um número grande de produções, por isso precisamos de um olhar específico, gente que conheça o funcionamento do processo teatral, pra que a aprovação de uma proposta pela Lei Rouanet se dê em um prazo de sessenta dias e não em um ano, como ocorre em alguns casos. A formulação de políticas públicas para teatro em nível nacional exige uma secretaria exclusiva.
CeM – Você concorda com a suposta redução de público e de espetáculos após a Lei Rouanet, mencionada no artigo de Ferreira e Frateschi?
CM – Eu acho que não há números que comprovem essa redução, aposto mais no ‘achismo’. Por outro lado, o texto fala em seis espetáculos semanais, isso já não acontece desde a década de oitenta, ou seja, cita uma redução anterior a Lei Rouanet. Cabe ainda analisar de maneira mais ampla essa informação. Claro que tinha mais sessões, mas não havia tanta concorrência. Essa redução também não é apenas culpa do preço do ingresso, pois em São Paulo há várias peças em cartaz com preços acessíveis, acredito que a exceção são os mais caros. Por isso, outra função de uma secretaria de teatro deve ser justamente a de criar políticas para recuperar e formar público, oferecendo acesso a quem ainda não tem.
CeM – Sobre o trâmite de aprovação de projetos na Lei Rouanet, que problemas você aponta?
CM – É um absurdo, repito, estão completamente perdidos, pedem documentos duas ou três vezes. Recebemos cartas questionando itens que não tem nenhum cabimento. Por exemplo, aprovam que seis pessoas viajem, mas apenas quatro podem se hospedar e somente três comerem. As pessoas que estão lá não sabem analisar projetos, sobretudo na área de teatro. Da forma que está não dá pra continuar, a maior dificuldade para o produtor hoje é aprovar o projeto.
CeM – Você pode citar alguns exemplos do que poderia ser feito pra corrigir as falhas da Lei Rouanet?
CM – Rever a estrutura de avaliação das propostas e buscar segmentar, dentro do ministério, os setores que analisam as diferentes áreas, cinema, teatro, musica, e, claro, aumentar o número de profissionais para a gestão dos processos, de preferência com pessoas que tenham conhecimento. A quantidade de projetos cresceu, isso demanda aumento de pessoal. E digo mais, estamos ávidos por novos tipos de financiamento, não queremos apenas a Lei Rouanet, gostaríamos muito de ter acesso ao BNDES de uma forma mais tranqüila. Se os empresários têm, porque o setor cultural não pode ter?
http://culturaemercado.locaweb.com.br/setor.php?setor=4&pid=3875
15/04/2008
Acadêmicos discutem expressões regionais
Diário do Nordeste -
Quixeramobim. A cultura popular regional corre o risco de transformações radicais. A avaliação é feita por alunos do curso de História da Universidade Regional do Cariri (Urca) na Unidade Descentralizada de Quixeramobim. A massificação da mídia e ainda a expansão tecnológica, na qual as parabólicas e até a internet interferem no processo de preservação do patrimônio histórico imaterial, são apontados por eles como principais ameaças.
O assunto foi discutido no fim de semana, no fechamento da ementa disciplinar Cultura e Religiosidade, ministrada pelo professor Reginaldo Santos. Coube aos alunos da Urca a abordagem dos temas voltados para o segmento da cultura local, o patrimônio histórico, artístico e cultural de Quixeramobim, dentre os quais sua humanística e conceito etimológico, a antropologia e existencialismo, teogonias, cosmogonia, mito, dogmas, ideologias, cisma e expressões da religião e cultura nordestina.
A historiadora Aldenora Machado, presidenta da Sociedade Beneficente Ana Almeida Machado (Sobam), demonstrou sua preocupação com a preservação do artesanato regional. Ela apontou a concorrência asiática, principalmente dos chineses, como principal ameaça a um dos artigos manuais mais expressivos do sertão, os bordados. “Graças a nossas bordadeiras, Quixeramobim se tornou conhecida nacionalmente como a cidade dos bordados feitos à mão. Cabe aos governantes desenvolverem programas que preservem esse traço da nossa cultura”.
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Terezinha Oliveira, expôs os projetos desenvolvidos pela administração pública local e o historiador Antônio José Simão apresentou seus prognósticos sobre a historiografia local e seu acervo material. Demonstrando preocupação com a preservação dos casarios seculares ali erguidos, o especialista destacou que também são importantes elementos para fonte de estudos e identidade do povo.
No fechamento do curso, os 28 estudantes da Urca realizaram pesquisas e constataram que os meios de comunicação de massa, como a televisão, contribuem para o desaparecimento dos saberes de gerações passadas, dessa forma descaracterizando a cultura de nossos antepassados, restando, assim, poucos rastros. Apenas no meio rural, as expressões do cotidiano ainda se mantêm vivas, concluiu o grupo que abordou o tema “Dialetos populares de Quixeramobim”.
O Reisado do Assentamento São Joaquim, localizado a 48Km do Centro da cidade, é considerado uma das últimas expressões culturais existentes na região, que vem contando com o incentivo do Mestre da Cultura “Piauí”.
O grupo é formado por cerca de 20 agricultores. Eles encerraram o seminário com a apresentação dessa manifestação cultural praticada há vários anos. Pela primeira vez foi exibida fora dos limites do assentamento rural.
Enquete
As tradições culturais correm o risco de desaparecer?
Maria Liduína Ribeiro Jacob Lima
Aluna
"Nossa cultura é riquíssima e de grande importância para o contexto regional, nacional e até internacional."
Cícero Reginaldo Santos
Professor
"Os alunos puderam compreender e perceber a importância do resgate da cultura local, reconhecendo o que é patrimônio."
Kerlan da Silva Almeida
Aluno
"Somos agentes da história, portanto, cabe a nós essa tarefa de não deixar que essas manifestações do povo morram."
Antônia Ileana Paiva da Silva
Organizadora do reisado
"No Assentamento São Joaquim, estamos apoiando a produção das manifestações da cultura regional."
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=529157
15/04/2008
Governo do Estado e parceiros elaboram Cadastro Estadual de Cultura
Agência de Notícias do Acre -
Mapear as manifestações e as produções artísticas e culturais do Estado. Esta é a proposta do Cadastro Estadual de Cultura que entra em processo de execução a partir da assinatura do termo de convênio de cooperação entre o Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Serviço Social do Comércio (SESC) e Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
A parceria será firmada na próxima quinta-feira, 17, a partir das 18h, no auditório da escola Armando Nogueira. De acordo com a chefe do departamento de apoio às artes da FEM, Carol di Deus, o Cadastro Estadual de Cultura, irá nortear a construção do perfil artístico-cultural do Acre. Além disso, segundo ela, o Cadastro vai facilitar e ampliar os financiamentos para as atividades culturais.
A pesquisa para a construção do cadastro e seus formulários de aplicação considerou todo o trabalho acerca do cadastro de produtores culturais do município de Rio Branco que vem sendo desenvolvido pela FGB, o pré-cadastro realizado pela FEM, durante o recebimento de projetos pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, assim como, toda a experiência das demais instituições presentes.
A cada instituição que assina o termo de cooperação cabe um tipo de atuação. A Amac, por exemplo, fica responsável pela articulação com as prefeituras para o cadastro dos agentes culturais nos municípios. Já a Federacre irá atuar no diagnóstico das empresas que hoje apóiam a cultura no Estado, bem como na sensibilização de todas as empresas para incentivo da produção cultural local.
O Sebrae completou nesta segunda-feira, 14, a primeira etapa do treinamento dos agentes culturais que irão realizar o cadastro em cada um dos 22 municípios do Estado.
Herbet Levi, do SESC no Acre, informa que a instituição tem 62 anos atuando e o maior investimento da instituição é na cultura, mas fica difícil investir sem conhecer; "precisamos conhecer nosso potencial artístico para melhor investir, mas não só os potenciais, vamos poder também identificar as carências para ajudar a suprir a falta e incentivar a produção".
O Cadastro Estadual de Cultura servirá como um amplo banco de dados, que permite mensurar quantos são, onde estão e que tipo de atividade cada produtor cultural do Estado desenvolve. Os resultados irão constituir parâmetros para a construção e elaboração das políticas públicas para a área cultural.
Logo após a assinatura do convênio acontece a palestra "Economia Criativa - Cultura, Tecnologia e Meio Ambiente: Uma Nova Estratégia de Desenvolvimento para o Acre", com a economista Ana Carla Fonseca Reis. O evento é uma realização do Governo do Estado, também por meio da FEM, em parceria com a Acisa, apoio do Sebrae e patrocínio da União Educacional do Norte (Uninorte), Banco da Amazônia e Gol Linhas Áereas.
Viviane Teixeira
Agência de Notícias do Acre
*com informações da Assessoria Sebrae
http://www.agenciadenoticias.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3583&Itemid=26
15/04/2008
Diadema sedia fórum Pontos de Cultura
Repórter Diário - Da Redação
O Centro Cultural de Diadema será sede do 1º Fórum Paulista de Pontos de Cultura, entre 18 até 21 de abril. Para o evento foram convidados os 150 pontos culturais do Estado de São Paulo. Durante o encontro, as mesas de discussões terão como tema as prioridades, planos e projetos para a rede.
Serviço
I Fórum Paulista de Pontos de Cultura - Centro Cultural Diadema
Dias: 18, 19, 20 e 21 de abril
Local: rua Graciosa, 300, Centro
Telefone: 4056-3366
http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=69968
15/04/2008
Oficinas vão capacitar projetos ao Fundo Municipal de Cultura
Governo de João Pessoa -
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), numa iniciativa da Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura (FMC), vai realizar duas oficinas de “Capacitação de Projetos Culturais”, sendo a primeira na próxima quarta-feira (16), na Unidade Cultural Casarão 34, localizada na Praça Dom Adauto, n° 34, no Centro da cidade, e a segunda no dia 29 deste mês, no Auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), localizado no bairro Água Fria. As inscrições de projetos para financiamento através do FMC se encerram no dia 7 de maio.
As oficinas, que acontecem de forma gratuita, serão ministradas pelo presidente da Comissão Deliberativa do (FMC), Fernando Abath, e Ailza Freitas, conselheira titular da mesma Comissão. Eles utilizarão como base o Edital do Fundo deste ano, tendo como público-alvo qualquer agente cultural interessado em enviar projetos para as leis de incentivo, em especial os proponentes dessa iniciativa de fomento, que este ano disponibiliza R$ 700 mil para projetos culturais.
Nas duas oficinas, o número de participantes será condicionado à capacidade dos auditórios e a metodologia adotada prioriza a leitura do Edital e o esclarecimento de dúvidas. Em seguida, será trabalhado o formulário com explicações detalhadas sobre cada item solicitado.
A iniciativa faz parte de uma metodologia adotada pela Funjope, objetivando socializar os conhecimentos nessa área, propiciando à sociedade a oportunidade de conhecer e tirar dúvidas acerca da apresentação de seus projetos junto ao Edital Público, com informações e treinamento para o uso dos formulários-padrão do Fundo, assim como o enquadramento dos projetos dos interessados nesses modelos, habilitando-os a concorrerem aos benefícios do FMC.
O que é – O Fundo Municipal de Cultura (FMC) é um elemento de fomento cultural, instituído em 3 de dezembro de 2001 por intermédio da Lei nº. 9560 e regulamentado pelo Decreto nº. 4469, assinado a 7 de dezembro de 2001. Se destina a produtores culturais, além de ser um mecanismo de política pública que proporciona a concessão de incentivos financeiros a pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas na Capital, para a realização de projetos no setor, nas áreas de música e dança, teatro, circo e ópera, cinema, fotografia e vídeo, literatura, artes plásticas e artes gráficas, cultura popular e artesanato, acervo e patrimônio histórico, museologia e bibliotecas.
Esta edição do Edital divide os projetos proponentes em pequeno, médio e grande portes, subdivididos em propostas de R$ 5 mil, R$ 30 mil e R$ 50 mil, respectivamente. Este ano, o período de execução das propostas será de até cinco meses, em razão da necessidade de atender as leis de Responsabilidade Fiscal e Eleitoral.
Inscrições – Pode se inscrever qualquer proponente de projeto cultural que seja paraibano e resida em João Pessoa há pelo menos um ano, com exceção dos servidores públicos municipais, prestadores de serviços e assessores da Funjope. Aos proponentes que não sejam paraibanos exige-se o período de dois anos de domicílio na Capital. Mais informações no primeiro andar da sede da Funjope, na Sala do FMC, em horário comercial, ou pelos telefones 3218-9811, 3218-5502 e 3218-9707.
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/?n=8608
15/04/2008
Banco Capital lança edital para Projeto de Arte e Cultura
Secretaria de Cultura da Bahia -
[Bahia] único banco baiano que investe em cultura acaba de lançar os editais para o Projeto de Arte e Cultura Banco Capital, nas categorias Literatura e Artes Plásticas. A intenção é incentivar a produção de livros e exposições, contribuindo para promover artistas e escritores baianos ou residentes há mais de um ano na Bahia.
As inscrições estão abertas até o dia 16 de maio. Os regulamentos estão disponíveis no site www.bancocapital.com.br. Informações também através do telefone (71) 2104 1002, das 12 às 18h.
Este é o 7º ano do projeto do Banco Capital, que já realizou nove exposições e publicou 19 livros. Todos com investimento direto do Banco, sem utilizar mecanismos de incentivo fiscal.
Novidade no edital de ARTES PLÁSTICAS
A novidade este ano do Projeto de Arte e Cultura Banco Capital na categoria Artes Plásticas é que, além do patrocínio total à exposição e a veiculação da obra do artista nos talões de cheque durante um ano, o Banco vai destinar R$ 2.000,00 para aquisição de uma tela do artista vencedor e ainda vai emitir um crédito de R$ 1,500,00 em uma loja de material, como ajuda de custo para a produção das obras.
Patrocínio de livro de contos no edital de LITERATURA
O Projeto de Arte e Cultura Banco Capital na categoria Literatura patrocina este ano a publicação de um livro de contos. Para concorrer, os escritores devem apresentar projeto com o máximo de 12 contos, total de 50 páginas de ofício, de forma que o livro, depois de diagramado, não ultrapasse 100 páginas.
Como participar do PROJETO DE ARTE E CULTURA
Para participar do Projeto de Arte e Cultura Banco Capital os interessados devem preencher a ficha de inscrição (com regulamento no verso), disponível no site www.bancocapital.com.br e na agência do Banco Capital (Av. Estados Unidos, 258, Comércio). Também está disponibilizada na Livraria Siciliano do Iguatemi, na Escola de Inglês Ebec (Pituba e Canela), na Loja Gabarito (Largo 2 de Julho) e na Galeria Prova do Artista (Rio Vermelho).
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/banco-capital-lanca-edital-para-projeto-de-arte-e-cultura
15/04/2008
Inscrições para Projeto Tomaladacá
Secretaria de Cultura da Bahia -
[Bahia] De 14 a 25 de abril, o Teatro Vila Velha inscreve grupos artísticos de comunidades para o projeto Tomaladacá. Durante o ano, o projeto vai desenvolver atividades de intercambio artístico e técnico entre grupos de teatro e dança oriundos de comunidades, escolas, sindicatos e associações de bairros da cidade de Salvador e do interior do estado da Bahia. Todas as ações são intermediadas por profissionais do Vila e artistas dos seus grupos residentes (Bando de Teatro Olodum, Companhia Teatro dos Novos, Companhia Novos Novos, Companhia Viladança, A Outra Companhia de Teatro e Grupo Vilavox).
O Tomaladacá permite que os integrantes dos grupos dialoguem sobre seus processos de criação e os resultados a que chegam. Desse modo, os artistas discutem sobre as escolhas estéticas e técnicas de seus trabalhos, o que permite que eles estejam sempre se aprimorando.
O projeto apresenta a produção desses grupos comunitários em mostras especiais; otimiza seu potencial criativo e técnico através de oficinas, workshops, debates, seminários e palestras; qualifica os participantes, incluindo-os como estagiários na área técnica e de produção; proporciona a inclusão de alguns desses artistas nos grupos residentes, sem deixar que percam o vínculo com seus grupos; torna-os multiplicadores das novas técnicas para seus grupos de origem, onde viram referência graças às experiências adquiridas e também à visibilidade que passam a ter. Além
disso, o projeto fortalece os grupos em suas comunidades, estimulando a trazerem seus vizinhos, através de articulações com as associações de bairro ou pessoalmente, para que passem a vir assistir não apenas às suas
apresentações, mas aos outros espetáculos do teatro. Isso acontece através de bônus ou com a troca de ingressos por desenhos ou textos produzidos por eles.
O Projeto Tomaladacá surgiu em 1999 durante o processo de montagem do espetáculo Sonho de Uma Noite de Verão, dirigido por Marcio Meirelles, que estreou no mesmo ano. Desde o inicio das realizações das atividades, já
passaram pelo projeto mais de 80 grupos artísticos das mais diversas origens, discursos e linhas estéticas, todos com o intuito de aprimorar e desenvolver seus trabalhos. O que se percebe na relação dos grupos é que a maior parte dos participantes constroem seus espetáculos com base nas referencias de suas localidades.
Em 2007, o Teatro Vila Velha esse ano recebeu o título de Ponto de Cultura, através do Ministério da Cultura, por ser considerado um espaço que promove o desenvolvimento cultural da região. A iniciativa permitiu que os integrantes do Tomaladacá tivessem, durante todo o ano, aulas de dança, teatro e música.
Serviço
Período de inscrições: de 14 a 25 de Abril de 2008
Onde: Teatro Vila Velha
Horário: das 14:00 as 17:00
Informações: Érico Brás - (71) 3083-4607 / tomaladaca.teatrovilavelha@gmail.com
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/inscricoes-para-projeto-tomaladaca
15/04/2008
Encontros setoriais Funceb
Secretaria de Cultura da Bahia -
[Bahia] Nos meses de abril, maio e junho deste ano, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), órgão vinculado à Secretaria de Cultura, promove uma série de Encontros Setoriais, em diferentes municípios baianos. Em cada um deles, será realizado um balanço da atuação da entidade e apresentadas e discutidas as ações e perspectivas para 2008 com o intuito de discutir o aprimoramento da cultura no Estado.
Alagoinhas, Jequié, Itabuna, Juazeiro, Santo Amaro, Valença e Paulo Afonso serão as cidades contempladas. Diferentes representantes da Fundação irão participar dos Encontros, que terá o aprofundamento de linguagens artísticas específicas a depender do diretor da FUNCEB presente. Serão realizados, ainda, reunião e treinamento dos coordenadores dos Centros de Cultura e visita técnica ao espaço cultural de Mutuípe.
Vide calendário no link:
http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/encontros-setoriais-funcebncontros-setoriais-funceb
15/04/2008
Pesquisas relativizam comportamento de consumidores
GIFE -
As últimas pesquisas, realizadas no Brasil, sobre a visão dos consumidores a respeito das ações de Responsabilidade Social Empresarial e Investimento Social Corporativo revelam que eles andam menos engajados e não são ativos na hora de exercerem seus poderes. Apesar de se mostrarem “interessados”, os entrevistados parecem não premiar ou punir, na prática, organizações por seus trabalhos em RSE ou ISP, apesar de teorizarem sobre o tema.
Um dos últimos levantamentos a identificar esse comportamento é o Responsabilidade Social das Empresas - Percepção do Consumidor Brasileiro, divulgado pelos institutos Akatu e Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, em parceria com Market Analysis Brasil. O relatório reúne sistematicamente dados coletados desde 2000 e aponta para a linha evolutiva da relação Consumo X Responsabilidade.
Os dados, apresentados pelo diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, e pelo diretor geral do Market Analysis, Fabián Echegaray, no entanto, diagnosticam certas contradições. Com base no relato de 800 pessoas entre 18 e 69 anos, em oito regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Brasília), os entrevistados ora demonstram acreditar na contribuição empresarial a temas sociais, ora desconfiam de seu trabalho e têm menos expectativas sobre o seu papel extra-econômico.
Dados – Cerca de 77% dos respondentes têm interesse em conhecer as ações socioambientais empresariais. O índice revela esta bilidade se comparado aos dados registrados nos levantamentos anteriores (2004 - 72%; 2005 - 78%; 2006 - 75%). Por outro lado, houve uma retração nas expectativas sobre o papel extra-econômico das grandes empresas, tendo passado de 64%, para 51%, em 2007.
Outro dado curioso é o de merecimento: embora 75% dos entrevistados concordem com a idéia de que tem o poder “para interferir na maneira como uma empresa atua de forma responsável”, mais de 70% deles não pensaram em premiar ou efetivamente premiaram as companhias socialmente responsáveis, comprando produtos ou falando bem dessas empresas. Menos de 30% consideraram a hipótese de punir ou efetivamente puniram.
Segundo Mattar, estes percentuais, já foram muito mais altos: na edição 2000 do estudo, 39% dos entrevistados revelaram ter premiado ou pensado em premiar empresas e 35% declararam ter punido ou pensado em punir. A queda nos percentuais pode ter relação com o fato de que os consumidores não estão ainda suficientemente informados sobre as práticas das empresas em RSE.
“Um dos indicativos disso é que 51% dos entrevistados na pesquisa 2007 integram o grupo de pessoas que, apesar do alto interesse em RSE, dispõem de muito pouca ou nenhuma informação sobre o tema”, explicou.
Outro dado relevante é o de entrevistados que concordam com a afirmação de que “as empresas estão fazendo um bom trabalho em construir uma sociedade melhor para todos”: 66,5% quase dez pontos acima do registrado em 2005. Porém, para 64% dos respondentes, o Estado deve regular mais diretamente as questões de RSE.
Engajamento – O indicador mais pessimista do, a primeira vista, da pesquisa é do menor engajamento do consumidor. Ele discute menos sobre o comportamento das empresas do que fez no passado: de 53%, em 2000/2002, baixou para 40%, em 2007. No último ano, 48% dos respondentes sequer tocaram no tema com outras pessoas.
Segundo o relatório, umas das possíveis explicações para a queda de engajamento da população “é um aumento do seu ceticismo em relação à concretização da Responsabilidade Social por parte das empresas”. Ou seja, embora valorizem estas ações, ou talvez justamente porque as valorizam muito, exista um gap entre a expectativa do consumidor e a percepção de efetivo engajamento por parte do setor privado.
Sobre isso existem dados de duas pesquisas:
• Conforme uma pesquisa Sustentabilidade: Hoje ou Amanhã? do IBOPE (2007), 46% concordam com a afirmativa de que “as marcas que fazem algo pela sociedade e pelo meio ambiente o fazem somente como ação de marketing”.
• Uma pesquisa da Market Analysis/Globescan 2 – Estudo Monitor RSE, apresentada na Conferência Ethos de 2006, cerca de 82% dos brasileiros concorda com a frase: “Eu penso que a maioria das empresas que tentam ser socialmente responsáveis fazem isso sobretudo para melhorar a imagem delas, e não porque elas realmente querem dar uma contribuição positiva para a sociedade”.
• Essa mesma pesquisa Monitor SER, da Market Analysis, subiu de 45% em 2005 para 58% em 2006 o percentual de pessoas que discordam da frase: “As empresas comunicam com honestidade e veracidade o que elas fazem em matéria social e ambiental”. Neste mesmo período, caiu de 50% para 39% o percentual de pessoas que concordam com a proposição.
Comparativos - Em comparação aos dados apurados em outros países, o Brasil apresenta grau menor de mobilização na relação entre população e empresas. Enquanto os índices brasileiros dos que declararam ter efetivamente premiado e punido empresas no último ano em função da RSE são de 12% e 13%, respectivamente, as médias da América Latina são de 16% (efetivamente premiaram) e 20% (efetivamente puniram).
Entre os países em desenvolvimento, os percentuais médios registrados são de 21% (efetivamente premiaram) e 19% (efetivamente puniram) e entre os países desenvolvidos, atingem 34% (efetivamente premiaram) e 39% (efetivamente puniram).
Desafio - Um dos grandes desafios, segundo conclusões do Relatório, é o de as empresas se comunicarem adequadamente com os consumidores, propiciando-lhes suficiente informação sobre as suas práticas de RSE.
“Trata-se, portanto, do desafio de estabelecer uma comunicação que ajude o consumidor a distinguir as empresas que efetivamente adotam práticas de RSE baseadas em valores e princípios éticos consistentes daquelas que visam apenas a manipulação da imagem da empresa por meio de práticas fragmentadas de RSE, que não refletem as reais crenças e valores dessas empresas”, aponta o relatório.
Para Helio Mattar, o processo de RSE andará se as pessoas começarem a focar nas qualidades das empresas.“As organizações vão ser, cada vez mais, o que falarem delas e menos o que elas falarem de si. E quem fala das empresas são os stakeholders, os acionistas, as ONGs, etc”.
http://www.gife.org.br/
15/04/2008
Mercado de TV digital dos EUA traz lições para o Brasil.
FNDC - Ethevaldo Siqueira | O Estado de S.Paulo
Dez anos de implantação da TV digital não foram suficientes para os americanos comprarem novos aparelhos
O NAB Show 2008 traz lições muito úteis para o Brasil sobre a transição entre a TV analógica e TV digital, que começou nos Estados Unidos em fevereiro de 1998. A grande preocupação da indústria, do governo e das emissoras de televisão norte-americanas é a data improrrogável dessa transição final, 13 de fevereiro de 2009, quando todas as emissoras de TV tirarão do ar os sinais analógicos e só transmitirão os digitais. O Brasil começou a introduzir a TV digital na Grande São Paulo em 2 de dezembro de 2007 e, contrariando as expectativas otimistas, caminha muito lentamente, com apenas alguns milhares de televisores e sintonizadores vendidos.
Veja o que muda na TV com as novas tecnologias
Nos Estados Unidos, mesmo depois de 10 anos de transmissões, a TV digital ainda não chega a mais de 48% dos domicílios norte-americanos. Por outras palavras, mais da metade do público telespectador dos Estados Unidos ainda não se dispôs a investir pelo menos em um sintonizador digital ou no televisor integrado, de maiores dimensões, totalmente equipado para receber tanto os programas digitais quanto as imagens de alta definição.
Para as famílias de baixa renda, o Congresso deve aprovar recursos para subsidiar a compra dos sintonizadores (set-top boxes), cujo custo real está próximo de US$ 100, mas que poderão ser vendidos a cerca de US$ 30, às famílias mais pobres. Seria uma espécie de Bolsa-TV, para incentivar a transição para a TV digital.
Imaginem o ritmo de implantação da TV digital no Brasil, com o baixo poder aquisitivo da maioria da população, e a dificuldade generalizada de se compreender não apenas o que é, mas também quais as vantagens da nova tecnologia.
Nas lojas dos Estados Unidos, as ofertas de televisores de grandes dimensões são as mais tentadoras, com preços mais realmente baixos em relação aos que vigoravam no Natal, isto é, há menos de 5 meses. Há casas em Las Vegas que vendem televisores de plasma de 50 polegadas, por US$ 1.500, ou seja, cerca de R$ 2.500.
Os grandes debates deste NAB Show se concentrarão, sem dúvida, na difusão mais completa de informações sobre a transição para a TV digital e, em especial, para as imagens de alta definição.
David Rehr, presidente da Associação Norte-Americana de Radiodifusão (National Association of Broadcasters, que dá a sigla NAB), lembra que o grande esforço dos próximos 10 meses tem que ser a informação mais acessível e completa sobre o que significa a TV digital e a alta definição para os telespectadores em geral. “Mais do que simplesmente informar, diz ele, temos que convencer o cidadão a investir na nova tecnologia, porque o futuro é das tecnologias digitais.”
Os debates sobre tecnologia, regulação e mercado começaram ontem com as primeiras apresentações. A exposição do NAB Show 2008 abre nesta segunda-feira, com a previsão de mais de 110 mil visitantes profissionais. 30 mil visitantes de mais de uma centena de países, cobrindo um mercado de US$ 50 bilhões. A presença de brasileiros do setor de radiodifusão deverá bater todos os recordes, com a vinda de mais de 3 mil profissionais.
Entre os demais temas de interesse, o NAB Show 2008 debaterá mobilidade na TV (ou seja, televisão no celular e em veículos), a qualidade do som digital; o futuro da TV digital; investimentos em multimídia; o problema dos direitos autorais; e o futuro das demais mídias - como rádio, jornal, revistas e a publicidade - diante da TV digital.
A TV estatal japonesa, a NHK é a maior sensação entre as empresas internacionais de televisão por suas inovações tecnológicas, entre as quais a Ultra High Definition Television (U-HDTV), que produz imagens de até 11 metros de diagonal, com 16 vezes mais densidade do que as imagens atuais de alta definição de 2 milhões de pixels. A U-HDTV forma imagens com 32 milhões de pixels. Neste ano, mais do que tecnologia, o NAB Show escolheu como tema principal a questão do conteúdo, passando desde a TV móvel aos podscastings.
http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=244340
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